Com a promessa de oferecer um bom resultado estético por um valor acessível, muitos aparelhos de depilação a laser “caseira” têm chamado a atenção de muita gente.
Os depiladores caseiros surgiram no mercado há pouco tempo com uma tecnologia semelhante à encontrada nos consultórios dermatológicos (na teoria, pelo menos). A ideia vendida aos clientes é que seja um acessório eficiente, intuitivo e portátil, podendo ser manuseado por qualquer pessoa e em qualquer situação.
Um estudo super recente, publicado na revista Archives of Dermatological Research, avaliou a eficiência e segurança de uma série de dispositivos com esse perfil. Um dos que mais se destacaram foi o depilador de luz intensa pulsada (IPL), uma tecnologia que emite feixes de luz em várias direções, gerando calor na região tratada. Segundo os pesquisadores, em média, houve uma redução de 50% nos pelos em todas as avaliações mapeadas (de 3 a 6 meses), o que, à primeira vista, parece interessante.
Apresentados os dados, é importante fazer algumas ressalvas. Primeiramente, o resultado de dispositivos caseiros é ligeiramente inferior ao alcançado pelos aparelhos de consultório médico, tanto por uma questão tecnológica quanto pela expertise do profissional que comanda as sessões.
Outro ponto diretamente ligado a isso é a segurança do paciente. Por ter uma potência menor, os depiladores a laser caseiros podem ser utilizados de maneira indiscriminada, com frequência acima da recomendada, colocando a saúde da pele em risco. Quando administrada indevidamente, a luz intensa pulsada pode causar coceira, vermelhidão e queimaduras, que podem ser leves ou mais sérias.
Além disso, há algumas contraindicações a serem consideradas. De modo geral, a luz intensa pulsada deve ser evitada por pessoas com a pele recém-bronzeada, grávidas, lactantes, pacientes em uso diário de corticoides e medicamentos fotossensíveis, diagnóstico de doença autoimune, infecções ou câncer de pele.
No que diz respeito às áreas tratadas, é bom manter os dispositivos longe dos olhos, sobrancelhas e região íntima. Nos homens, recomenda-se que não sejam utilizados no rosto, principalmente quando não se conhece o tipo de pele e nível de sensibilidade.
A luz intensa pulsada também deve ser evitada em local próximo a materiais artificiais, como silicone e piercings, e depende de um médico para ser aplicada nas áreas com pintas, sardas, manchas escuras e varizes, visto que são maiores os risco de escurecimento e queimaduras.
A melhor indicação de quem pode se submeter ao tratamento e quais são as regiões mais seguras do corpo sempre deve ser feita por um dermatologista que avalie o paciente e esteja preparado para prestar orientações. Às vezes, seduzidos pela praticidade e custo, nos afastamos do resultado desejado e colocamos nossa saúde em risco.
Caso tenha alguma dúvida ou interesse em realizar procedimento desse tipo, eu estou à disposição para conversarmos no meu consultório. Você pode agendar um horário pelo telefone (34) 3217-8394 ou WhatsApp (34) 99317-8394.